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O perigo dos remédios para dormir

  • Foto do escritor: Ariely Teotonio Borges
    Ariely Teotonio Borges
  • 4 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 10 de set. de 2024

Os distúrbios do sono e a má qualidade do sono são problemas cada vez mais comuns em nossa sociedade. Muitas pessoas enfrentam dificuldades para dormir e, por vezes, recorrem a remédios para dormir na tentativa de solucionar o problema. No entanto, o uso indiscriminado desses medicamentos pode representar riscos significativos à saúde.


Entendendo a insônia

A insônia é uma condição bastante prevalente, afetando cerca de 30 a 40% dos brasileiros. Ela pode variar em gravidade, desde leve até moderada e grave. A busca por alívio rápido leva muitas pessoas à automedicação, uma prática perigosa que pode agravar os problemas de sono a longo prazo.


Consequências do uso de remédios para dormir

Os remédios para dormir podem inicialmente parecer uma solução eficaz, mas seu uso inadequado pode causar uma série de efeitos colaterais, tais como:

  • Sonolência diurna

  • Dificuldade de concentração

  • Redução na velocidade de raciocínio

  • Piora da memória

Esses medicamentos podem promover um sono superficial (fases N1 e N2), mas não induzem o sono profundo (N3 e REM), que é essencial para a restauração do corpo e da mente.


Riscos do uso prolongado

O uso prolongado de remédios para dormir sem supervisão médica pode levar a uma série de problemas:

  1. Dependência: O corpo pode se tornar dependente dos medicamentos para conseguir dormir.

  2. Tolerância: Com o tempo, a dose necessária para obter o mesmo efeito pode aumentar, levando a um uso abusivo.

  3. Efeitos Colaterais: Podem incluir desde tontura e constipação até problemas mais graves como sonambulismo, pesadelos vívidos e parassonias (comportamentos anormais durante o sono, como comer ou dirigir dormindo).


Alternativas seguras para tratar distúrbios do sono

Existem várias abordagens seguras e eficazes para tratar distúrbios do sono sem recorrer aos riscos dos medicamentos para dormir:

  1. Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Considerada a primeira linha de tratamento para insônia crônica, ajuda a identificar e modificar pensamentos e comportamentos que contribuem para a insônia.

  2. Higiene do Sono: Inclui práticas como manter um horário regular para dormir, evitar cafeína e eletrônicos antes de dormir e criar um ambiente propício para o sono.

  3. Meditação e Relaxamento: Técnicas de relaxamento, como a meditação e a respiração profunda, podem ajudar a reduzir o estresse e melhorar a qualidade do sono.


entenda os perigos dos remédios para dormir
os perigos dos remédios para dormir

Quando os remédios são necessários

Em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser necessário, mas deve ser sempre supervisionado por um médico. Medicamentos como a melatonina, por exemplo, são considerados mais seguros e têm menos efeitos colaterais. Em situações específicas, antidepressivos e benzodiazepínicos podem ser prescritos, mas com acompanhamento rigoroso para evitar dependência e efeitos adversos.

Recomendações Finais

É crucial evitar a automedicação e buscar orientação de um profissional de saúde ao enfrentar problemas de sono. O uso de remédios para dormir deve ser sempre a última opção e por períodos curtos. Adotar práticas saudáveis de sono e procurar tratamentos não medicamentosos pode garantir uma abordagem mais segura e eficaz para os distúrbios do sono.


Sou Dra. Ariely Teotonio Borges, médica neurologista e trabalho junto com cada um dos meus pacientes, utilizando estratégias que os ajudem a melhorar sua rotina e qualidade de vida.



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