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  • Foto do escritorAriely Teotonio Borges

DOR DE CABEÇA NO PERÍODO MENSTRUAL - Enxaqueca Menstrual

“É só chegar perto do período menstrual que a dor de cabeça começa!” Esse é o comentário de muitas das minhas pacientes com enxaqueca menstrual. Se você também passa por algo semelhante, leia o conteúdo abaixo para entender melhor.

Dor de Cabeça durante a Menstruação
Dor de Cabeça durante a Menstruação

Para que a paciente seja diagnosticada com enxaqueca menstrual, primeiro ela precisa ser diagnosticada com enxaqueca. Isso porque nós, mulheres, podemos sentir outros tipos de dores de cabeça e não ser exatamente enxaqueca. Não entendeu? Então leia esse conteúdo aqui (Diferença da Enxaqueca e outras dores de cabeça) e depois retorne para finalizar a leitura deste post.

A enxaqueca menstrual e a enxaqueca relacionada à menstruação possuem uma estreita relação com o início da menstruação.

  • A dor de cabeça tem que possuir as características da enxaqueca,

  • As crises começam no intervalo entre 2 dias antes da menstruação até 3 dias após o início menstruação

  • No período de 3 ciclos menstruais, as crises de enxaqueca precisam acontecer em pelo menos 2 ciclos menstruais.

AEnxaqueca Menstrual começa 2 dias antes até 3 dias após o início da menstruação.
Início da Enxaqueca Menstrual

As dores de cabeça podem ocorrer com ou sem aura e podem ser acompanhadas de outros sintomas como náusea, vômito, alta sensibilidade a luz forte, barulho e cheiros fortes.

O diagnóstico de enxaqueca menstrual ou relacionado a menstruação deve ser fechado com um(a) neurologista, especialista em enxaqueca.


Mas Dra., sentir dor de cabeça não faz parte do ciclo menstrual?

Tenho muitas pacientes que me perguntam isso e eu explico que não. Dor de cabeça nunca é normal. Nem dentro do período menstrual, nem fora desse período. O normal seria não ter dor de cabeça, muito menos enxaqueca.

A enxaqueca tem tratamento, sendo ela relacionada a menstruação ou não. Existem tratamentos preventivos e tratamentos para sintomas agudos.


Tratamento da Enxaqueca Menstrual

A estratégia mais eficaz para gerenciar a enxaqueca menstrual depende de vários fatores:

  • Como a paciente responde os tratamentos agudos

  • Previsibilidade e regularidade do ciclo menstrual

  • A presença de distúrbios hormonais ou sintomas de início da menopausa

  • Uso ou necessidade de contracepção.

A progressão do tratamento inclui:

  • Mudanças não farmacológicas no estilo de vida para prevenção da enxaqueca

  • Tratamento agudo dos sintomas

  • Tratamento preventivo

Miniprofilaxia com uso terapia preventiva próximo ao período menstrual

Profilaxia contínua (todos os dias, durante todo o mês) para dores de cabeça que ocorrem com frequência, são graves ou que não respondem à terapia aguda ou miniprofilaxia.


Dentre os medicamentos que podem ser usados estão os analgésicos, triptanos, beta bloqueadores, antidepressivos, antiinflamatórios não esteroidais, contraceptivos hormonais, antidepressivos, anticorpos monoclonais, toxina botulínica, anticonvulsivantes.

A definição de qual tipo de tratamento e quais medicamentos usar precisa ser definida com cautela entre você e seu neurologista.


Porque a crise de enxaqueca piora próximo ao período menstrual?

A enxaqueca é até três vezes mais prevalente em mulheres do que em homens. Antes da puberdade, a prevalência de enxaqueca é semelhante para mulheres e homens. A prevalência de enxaqueca em mulheres começa a subir no início da adolescência (que coincide com o início da menstruação), atinge o pico durante os 20 e 30 anos e diminui após a menopausa.

O gatilho mais plausível para a enxaqueca menstrual é a queda dos níveis de estrogênio que ocorrem pouco antes e durante o período menstrual.


Você se identificou com os sintomas descritos acima? Se sim, você precisa procurar seu neurologista para avaliar seu caso. Lembre-se que você não precisa conviver com dor de cabeça e/ou enxaqueca menstrual, uma vez que para isso há tratamento.


Sou Dra. Ariely Teotonio Borges, médica neurologista e trabalho juntamente com cada um dos meus pacientes, com estratégias que os ajudem a melhorar sua rotina de vida e minimizar sua necessidade de medicamentos.




Referências bibliográficas:



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